Logo que descobrimos que Adeline era diabética tentamos adaptar nossa rotina a esse fato e uma das principais dificuldades que encontramos foi de como manter a taxa de glicose estável em seu sangue.
No ser humano não-diabético há todo um mecanismo para regular a dosagem de glicose no sangue. Quando há um aumento da atividade física, queimando mais glicose, ou quando a pessoa passa muito tempo sem comer, o fígado entra em ação liberando mais glicose no sangue. Se por acaso essa taxa aumenta muito há todo um mecanismo para acumular essa glicose extra no fígado para ser liberada quando necessário.
Quando uma dose maior de energia é necessária o pâncreas secreta mais insulina, que "quebra" a molécula de glicose liberando essa energia. Mas no diabético esse mecanismo fica comprometido e temos que injetar a glicose que julgamos necessária.
Infelizmente para haver um equilíbrio da taxa de glicose há um tripé: atividade física, quantidade de comida ingerida e insulina injetada. Qualquer dos três fatores, quando alterado, provoca um aumento ou queda na taxa de glicose no sangue, e será necessário interferir injetando mais insulina (no caso de um aumento de glicose), ou oferecimento de alimento ou mesmo de açúcar (no caso de queda).
Como ainda não tínhamos uma idéia clara de como o organismo dela reagia à insulina, no início foi muito duro, ela tinha aumentos de glicose (que provocavam mal-estar e vômitos que não paravam com nada) ou quedas súbitas, que provocam as temidas crises de hipoglicemia, que provocam suor abundante, alucinações, tremores, perda do controle motor e podem em casos extemos levar à morte.
Conviver com isso foi muito duro e quando ligavam da escola ou academia de balé avisando que ela estava tendo uma crise saíamos voando para lá para tentar remediar. Aconteceu de ela ter crise de hipoglicemia quando não havia nada que ela pudesse comer em casa (causada pela nossa falta de prática no assunto) e até enquanto estava trancada no banheiro.
Aos poucos ela foi crescendo e ajudando porque conseguia prever as crises e então podíamos prevenir antes que acontecessem. Hoje ela já lida bem com isso e tem sempre um doce e uma dose suplementar de insulina com ela, bem como um cartão de identificação de diabético, que pode salvar sua vida em caso de acidente ou desmaio.
As implicações do diabetes são grandes e no começo todos sentimos que nunca mais teremos uma vida normal, mas à medida que nos adaptamos à doença aprendemos a conviver com ela da forma mais natural e prática possível.
(zailda coirano)
No ser humano não-diabético há todo um mecanismo para regular a dosagem de glicose no sangue. Quando há um aumento da atividade física, queimando mais glicose, ou quando a pessoa passa muito tempo sem comer, o fígado entra em ação liberando mais glicose no sangue. Se por acaso essa taxa aumenta muito há todo um mecanismo para acumular essa glicose extra no fígado para ser liberada quando necessário.
Quando uma dose maior de energia é necessária o pâncreas secreta mais insulina, que "quebra" a molécula de glicose liberando essa energia. Mas no diabético esse mecanismo fica comprometido e temos que injetar a glicose que julgamos necessária.
Infelizmente para haver um equilíbrio da taxa de glicose há um tripé: atividade física, quantidade de comida ingerida e insulina injetada. Qualquer dos três fatores, quando alterado, provoca um aumento ou queda na taxa de glicose no sangue, e será necessário interferir injetando mais insulina (no caso de um aumento de glicose), ou oferecimento de alimento ou mesmo de açúcar (no caso de queda).
Como ainda não tínhamos uma idéia clara de como o organismo dela reagia à insulina, no início foi muito duro, ela tinha aumentos de glicose (que provocavam mal-estar e vômitos que não paravam com nada) ou quedas súbitas, que provocam as temidas crises de hipoglicemia, que provocam suor abundante, alucinações, tremores, perda do controle motor e podem em casos extemos levar à morte.
Conviver com isso foi muito duro e quando ligavam da escola ou academia de balé avisando que ela estava tendo uma crise saíamos voando para lá para tentar remediar. Aconteceu de ela ter crise de hipoglicemia quando não havia nada que ela pudesse comer em casa (causada pela nossa falta de prática no assunto) e até enquanto estava trancada no banheiro.
Aos poucos ela foi crescendo e ajudando porque conseguia prever as crises e então podíamos prevenir antes que acontecessem. Hoje ela já lida bem com isso e tem sempre um doce e uma dose suplementar de insulina com ela, bem como um cartão de identificação de diabético, que pode salvar sua vida em caso de acidente ou desmaio.
As implicações do diabetes são grandes e no começo todos sentimos que nunca mais teremos uma vida normal, mas à medida que nos adaptamos à doença aprendemos a conviver com ela da forma mais natural e prática possível.
(zailda coirano)
Olá, meu pai é diabetico, e quando vi este artigo algumas perguntas em minha cabeça foram esclarecidas, obrigada. ótimo trabalho... Poliana
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