sábado, 22 de maio de 2010

Cadê o quindim que estava aqui?


Quem disse que diabético não pode comer doce? O que o diabético não pode é ingerir o açúcar de cozinha, mas desde que tenha uma dieta equilibrada pode – e deve – ter direito a sobremesa após cada refeição.
Os adoçantes hoje se aproximam muito do gosto do açúcar de cozinha – sem os inconvenientes que este costuma provocar na saúde dos diabéticos – e tudo o que você tem a fazer é descobrir a dosagem correta do adoçante que você usa para fazer a substituição nas receitas. Alguns produtos diet ou light inclusive já contém em suas embalagens algumas receitas livres de açúcar que valem a pena tentar.
Convém entretanto ter cuidado porque o diabético mais que ninguém precisa vigiar seu peso porque a obesidade é um fator agravante no diabetes. Não se engane, portanto: não é pelo fato de aquele sorvete delicioso não conter nadinha de glicose que você irá se esbaldar. Apesar de não ter açúcar ele contém muita gordura, portanto deve ser consumido com parcimônia e sempre de olho nos efeitos de sua inclusão em sua dieta nos ponteiros da balança.
E – lembre-se – tudo o que você consome ou que pretende incluir em sua dieta deve ser discutido com seu médico e nada deve ser consumido sem sua expressa aprovação. Ele é o profissional que sabe melhor o que você pode ou não consumir e – mais importante – em que quantidade.
Lembre-se também que qualquer alimento nunca deve ser simplesmente adicionado à sua dieta, mas entrar em substituição a outro, ou sua dieta deixará de ser equilibrada. A sobremesa, por exemplo, poderá entrar no lugar de uma fruta que você tenha o hábito de comer, mas não em todos os dias, porque as vitaminas e fibras contidas na fruta dificilmente serão supridas por um sorvete ou pudim.
Conceda-se alguns prazeres mas nunca perca de vista que no seu caso usar de bom-senso pode ser a chave para uma vida longa e saudável – mesmo com diabetes.

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Cirurgia que cura diabetes


Tenho lido várias reportagens sobre a cirurgia que “cura” o diabetes. Trata-se da mesma cirurgia que é feita nos casos de obesidade mórbida: a redução do estômago.
Ainda não se sabe porque nem se a “cura” é permanente mas já existem vários casos de diabéticos que após a cirurgia deixaram de ser diabéticos. Todos os casos são de diabéticos do tipo 2, ou seja, não dependentes de insulina.
Os médicos ainda estão tentando entender e descobrir se esse tipo de cirurgia pode trazer uma luz na cura do diabetes, mas por enquanto ela não é indicada para diabéticos, continua sendo feita nos casos de obesidade mórbida, e os pacientes que além de obesos forem também diabéticos podem ser abençoados com essa dupla “cura”: além de emagrecerem poderão também deixar de ser diabéticos.
Para maiores esclarecimentos, consulte o seu médico. Eu sei que o que todo diabético mais deseja é deixar de ser diabético, mas apesar de todas as pesquisas sobre a doença ainda não há uma “cura” para todos os casos e que seja garantida “para todo o sempre”.

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Diabetes é culpa de quem?


A leitora Clarice tocou num ponto muito importante: logo que descobrimos que nosso filho está diabético nos sentimos culpadas. De alguma forma começamos a achar que não alimentamos nosso filho direito, e que por isso agora ele será diabético para o resto da vida.
Por tudo o que o médico nos informou quando a Adeline ficou diabética posso assegurar que não é bem assim. O diabetes tem várias causas, mas na infância se o pâncreas e o fígado estiverem bem tudo deve funcionar perfeitamente: o excesso de glicose ingerida é armazenado no fígado, que a libera no momento em que for necessária. O pâncreas então liberará insulina em quantidade suficiente para que o organismo possa “quebrar” essas moléculas de glicose para que sejam utilizadas como fonte de energia. Quando essa glicose não é utilizada ou está em quantidade muito acima do que pode ser utilizada pelo organismo, será então armazenada em forma de gordura sob a pele.
Portanto se a diabetes é constatada, alguma coisa está errada nesse mecanismo, que deve funcionar bem, principalmente em crianças e adolescentes. As causas da diabetes podem ser genéticas (mais frequentemente na diabetes do tipo II) ou uma doença auto-imune.
A causa genética acontece mais frequentemente em idade mais avançada e o que ocorre é que o organismo precisa de cada vez mais insulina para processar a glicose, ou existe uma deficiência em sua produção.
No caso de acontecer na infância ou adolescência, geralmente é provocada por uma doença auto-imune, geralmente após uma infecção grave. O organismo “confunde” as células Beta do pâncreas (produtoras de insulina) com as bactérias que causaram a infecção anterior e as destroem completamente. Geralmente os portadores desse tipo de diabetes (também chamada “diabetes juvenil”) não produzem insulina, ou a produzem em quantidade mínima ou de forma muito irregular.
Os diabéticos do tipo I (insulinodependentes) que não produzem insulina ou que produzem quantidades ínfimas precisam obtê-la exclusivamente através de injeções de insulina humana ou suína (atualmente dividida em 2 ou 3 doses diárias antes ou após as refeições, dependendo dos exames para determinar o “comportamento” do pâncreas do diabético).
Os diabéticos que produzem insulina de forma irregular são os mais difíceis de controlar porque quando produzem mais insulina podem ter crises constantes de hipoglicemia, e após serem controladas podem acontecer hiperglicemias, com a diminuição da produção de insulina pelo organismo.
Portanto não procede essa “culpa” pela doença de nossos filhos. Conheço crianças que alimentam-se quase que exclusivamente de doces e nem por isso são diabéticas, já que o pâncreas e o fígado fazem corretamente seu papel.
Naturalmente que a longo prazo a alimentação rica em açúcar e gorduras pode levar à obesidade, e a obesidade predispõe ao diabetes e a outras doenças mais ou menos graves, mas predisposição não significa que vá ocorrer.
De qualquer forma, não só os diabéticos devem ter uma dieta equilibrada, prevenindo assim complicações e doenças totalmente evitáveis e que podem reduzir a qualidade de vida no futuro.
Devemos lembrar que temos uma vida pela frente e que seria interessante zelar por nosso corpo porque maus hábitos podem causar danos permanentes com os quais teremos que conviver pelo resto de nossos dias.
Zailda Coirano

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sábado, 24 de abril de 2010

Light ou Diet?

Muitos produtos estão hoje à venda com a classificação "light" ou "diet". Mas o que isso significa exatamente? Teoricamente os produtos "light" seriam isentos de gordura, enquanto os produtos "diet" seriam isentos total ou parcialmente de "sacarose", que é o resultado da combinação de glicose e frutose. 

Quando ingerida por um diabético a "sacarose" é transformada em "glicose" em poucos minutos e vai para a corrente sanguínea, elevando a taxa no sangue. Portanto, o diabético deve evitar a "sacarose", que existe no açúcar de cozinha. Isso significa que alguns produtos, mesmo com a classificação "light" ou "diet" são indicados apenas para quem está fazendo regime, e não para diabéticos.

Lembro-me que uma vez encontrei uma lata de goiaba em calda no supermercado e abaixo do título estava a classificação "diet". Levei para casa, a Adeline começou a comer e em poucas horas começou a passar mal, com a glicose muito alta. No médico, ele nos explicou que nem todos os produtos com o rótulo "diet" ou "light" são isentos de sacarose e nos orientou a ler bem o rótulo (hoje em dia é obrigatório que essses produtos contenham especificadas no rótulo as substâncias que contém e um aviso no caso de não serem próprias para o consumo de diabéticos). 

Caso queira-se "checar" as informações do rótulo (é muito perigoso para a saúde de um diabético consumir sacarose em grande quantidade) pode-se usar a fitinha que se usa para fazer o teste de glicose na urina em alimentos. O procedimento é o mesmo usado para o teste de urina, coloca-se no alimento que se quer testar, e se ficar verde é sinal de que contém sacarose (glicose), se não mudar de cor pode ser consumido pelo diabético.

Todo cuidado é pouco, pois mesmo havendo leis que obrigam os produtores a colocarem no rótulo os ingredientes, deve-se fazer o teste no caso de produtos de procedência duvidosa, ou que estejam sendo consumidos pela primeira vez. Mesmo porque essa divisão de "light" e "diet" nem sempre funciona, a Coca light não contém açúcar e alguns produtos com denominação "diet" o contém numa proporção que pode ser desastrosa se consumida por um diabético.


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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sintomas de diabetes

O que é diabetes?

Existem dois tipos de diabetes, sendo que a mais grave é a que afeta crianças e adolescentes, tornando-os insulino-dependentes. Nesse tipo de diabetes o pâncreas deixa de fabricar a insulina ou fabrica em quantidade bem abaixo do necessário e de maneira irregular.

Trata-se de doença auto-imune, por algum motivo os anticorpos "confundem" as células beta do pâncreas (produtoras de insulina) com alguma bactéria e as destroem. Isso normalmente acontece após uma infecção grave, que no caso de minha filha foi hepatite.

Quais são os simtomas?

Aos 8 anos minha filha começou a apresentar o seguinte quadro de sintomas:

- dormia mais de 8 horas por dia. Ao chegar da escola, dizia estar tremendamente cansada, almoçava e dormia a tarde toda. Acordava após 4 ou 5 horas, jantava e às 9 da noite já estava dormindo profundamente de novo.

- tinha uma fome de leão, toda hora estava comendo alguma coisa e comia grandes quantidades, fazia uma cara que dava até medo, só faltava avançar na comida.

- perdeu muito peso e rapidamente, em pouco mais de uma semana passou de 28 para 23 quilos. Os sinais de emagrecimento eram evidentes, as costelas apareciam e ela tinha profundas olheiras.

- sede extrema - ela não bebia um copo de água de cada vez, bebia 2 ou 3. Bebia tanta água e comia tanto que na véspera de levá-la ao médico (alarmada com os sintomas) ela tomou 3 copos grandes de vitamina de abacate após o lauto almoço.

- hálito "doce" - o cheiro do hálito dela mudou consideravelmente e era bem "agradável", mas juntando-se aos outros sintomas, esse era inquietante.

- queda de cabelo - o cabelo dela caía tanto que eu encontrava verdadeiros "tufos" todos os dias em seu travesseiro. Parecia que ela estava se "desmanchando".

Alertas

Assim que os sintomas aparecem de forma tão evidente, é necessário ir ao médico urgentemente. No caso da Adeline, entre o aparecimento dos sintomas e a ida ao médico passaram-se uns 10 dias e ela já chegou ao médico em estado pré-comatoso. Em alguns casos o paciente só é encaminhado ao médico ou hospital quando entra em coma, quadro mais difícil de reverter.

Cuidados

Não se pode perder tempo com lamentações e mesmo se tratando de crianças, devem ser orientadas a seguir a dieta rigorosamente, não se pode deixar "só um pouquinho". Entenda que dessa dieta e da aplicação diária de insulina depende não só a vida da criança como também a qualidade de vida no futuro, porque a diabetes deixa sequelas graves (cegueira, amputação de membros, deterioração dos rins, etc.) caso não sejam seguidos os conselhos médicos.

Há cura para o diabetes?

Existem experiências e pesquisas nesse sentido e já há casos de cura (não se sabe se cura total) em alguns tipos de tratamento, como a implantação de células-tronco. Também há medidas paliativas, como a implantação de um reservatório de insulina debaixo da pele, que a libera na medida das necessidades da pessoa, libertando-a das injeções e controle diários do nível de glicose no sangue, mas por enquanto é cara e de resultados não garantidos, depende da adaptação do paciente. Seu custo também é muito elevado (cerca de 10 mil reais).

Vida saudável para o diabético

Apesar de ser uma doença grave e (pelo menos por enquanto, na maioria dos casos) incurável, o diabético pode ter uma vida totalmente normal e se houver um controle rigoroso, sem sequelas e até sendo mais saudável que a maioria das pessoas não-diabéticas, já que está sempre vigilante, equilibrando dieta salutar e exercícios físicos moderados.

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Cirurgia que "cura" o diabetes


Minha aluna fez uma cirurgia que não "cura" a doença, mas torna muito mais fácil controlar os níveis de glicose, com uma qualidade de vida muito melhor e poucas restrições.

A cirurgia custou 10.000 reais e é bastante simples, com implantação de um "sensor" que quando os níveis de glicose no sangue ficam acima do normal libera insulina no sangue, funcionando quase como o pâncreas dos não-diabéticos.

Claro que há alguns inconvenientes, a insulina não aparece do nada, precisa ser renovada ou o aparelho fica "de tanque vazio", mas trata-se de um avanço em anos. Mudaram muitas coisas mas desde que eu era menina o diabético insulino-dependente vivia à custa de injeções diárias de insulina.

Mudaram as agulhas e os métodos de exame de sangue, mas no fundo está tudo igual ao que era há 50 anos. Essa cirurgia é o primeiro avanço real que vejo em anos. Tomara que em breve ela seja acessível a todos e tão corriqueira quanto uma cirurgia de fimose ou de amígdalas.

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Blog sobre diabetes infantil

Encontrei um blog sobre diabetes infantil, de uma mãe diabética com uma filha também diabética. A experiência de mãe de uma filha de diabética me fez seguir o blog, que agora compartilho com vocês.

Ela narra com uma certa poesia até suas experiências. Descobrir que o filho é diabético pode ser terrível para muitas mães, porque temos a falsa impressão de que se tomarmos conta direitinho desse ser que Deus nos confiou, nada o irá afetar. Quando descobrimos que temos um filho diabético, muitas vezes a primeira reação é a revolta:

- Mas por quê? Eu fiz tudo direitinho?

Infelizmente não podemos proteger os filhos de tudo e o diabetes não é como um resfriado que pega mas vai passar, provavelmente é para a vida toda. Então o melhor é aprendermos a controlar a doença e assegurar que nossos filhos tenham, se não uma vida "normal" no sentido de ser igualzinha à das outras crianças, que pelo menos tenha "qualidade de vida", que é o mais importante.

As pessoas confundem a "rotina diferente" com "vida diferente". A vida do diabético é como a de qualquer outra pessoa. Minha filha fez balé, aprendeu a nadar, fez faculdade, arrumou emprego, teve vários namorados e leva uma vida igual à de qualquer outra garota de sua idade.

O que é diferente na vida do diabético é apenas a rotina, além de escovar os dentes depois das refeições ele também toma uma injeção de insulina antes; tem que controlar tudo o que come, ter uma dieta equilibrada e evitar a vida sedentária. Mas afinal, isso todos nós deveríamos fazer,não é mesmo?

Aí vai o endereço do blog:


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Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo porém, quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde como por exemplo o excesso de sono no estágio inicial, problemas de cansaço e problemas físicos-táticos em efetuar as tarefas desejadas. Quando não tratada adequadamente, podem ocorrem complicações como Ataque cardíaco, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas na visão, amputação do pé e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações. 



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus