quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Mensagem de Natal

Feliz Natal a todos os leitores e visitantes do blog!


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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Campanha de natal da Drogasil

A campanha de natal da Drogasil esse ano incentiva a doação e os clientes concorrem a um panetone. Também tem muitas promoções para diabéticos, concentrando muitos produtos para tratamento de diabetes no mesmo local.

Saiba mais em Portal Fator Brasil - Campanha de Natal Drogasil estimula doação

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domingo, 23 de novembro de 2008

Microship pode simplificar o controle do diabetes

Um microship implantado sob a pele pode ajudar a controlar a quantidade de glicose no sangue e assim auxiliar no tratamento do diabetes tipo 1. Para saber mais sobre o tratamento acesse o link:

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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Novidade no blog

Durante alguns meses falei aqui sobre diabetes e sobre o efeito de ter uma criança diabética na família. A criança diabética no caso é a Adeline, se bem que agora ela já não é mais criança, tem 28 anos e convivemos com o diabetes desde que ela tem 8.

Pois bem, ela aceitou o convite e a partir desse mês vai também postar aqui no blog. Será uma novidade boa porque ela falará com conhecimento de causa, fornecendo um outro ponto-de-vista, já que sua vida é diretamente afetada pela doença.

Ela leva uma vida absolutamente "normal" e nunca o diabetes a impediu de fazer nada que quisesse, e agora ela vai narrar essa experiência e também informar sobre novos procedimentos e tratamentos.

O endocrinologista dela é de Birigüi, pessoa super-competente, foi uma bênção tê-lo encontrado. Ele sempre vai a convenções na Europa, está por dentro de todas as novidades e usa recursos de internet, testa aparelhos sofisticados, etc.

Uma das exigências para que se tenha uma vida saudável é encontrar um bom médico e também desenvolver um relacionamento de confiança e simpatia com ele. No caso da Adeline isso aconteceu e é uma das causas de hoje ela ter uma vida tão normal.

Seja bem-vinda, Adeline!

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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Chega ao Brasil nova opção no tratamento de diabetes

No Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, a Merck Sharp & Dohme traz uma boa notícia aos pacientes brasileiros: o lançamento do primeiro medicamento que combina em um único comprimido um inovador redutor de glicose, a sitagliptina, com um tradicional anti-hiperglicêmico, a metformina. Conhecida internacionalmente como Janumet, a nova terapia atua nos três principais componentes do diabetes tipo 2: resistência e insuficiência de insulina e superprodução de glicose. Somente no Brasil, mais de 6,9 milhões de pessoas sofrem da doença.

Leia mais no site de notícias Alagoas e Tempo Real

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domingo, 16 de novembro de 2008

Minhas próprias boas-vindas!

Como diabética e filha da dona do blog, também vou postar por aqui (muito) de vez em quando, contar minhas experiências, de como é conviver com diabetes e assuntos afins.
Vou aproveitar também para conhecer a blogosfera, terreno completamente estranho para mim até então.
Até mais!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Hipoglicemia

No início do tratamento de minha filha, as crises de hipoglicemia eram freqüentes, e mesmo o médico alertando que deveriam ser evitadas ao máximo, elas se sucediam. Até que conseguimos equilibrar a dosagem de insulina, ela tinha pelo menos uma crise por semana.

Para fazer cessar as crises, ela acostumou-se a levar sempre consigo um doce, para comer em caso de crise. Ela escolhia sempre os doces dos quais gostava e que não podia mais comer, assim poderia aproveitar a chance de devorá-los caso tivesse uma crise.

Desconfio que algumas vezes ela pulou algumas refeições para provocar uma crise e assim poder comer o que gostava, mas assim que cresceu mais foi entendendo que essa é uma atitude arriscada. Com o tempo ela mesma foi aprendendo a detectar os sinais de uma crise de hipoglicemia que se aproximava e passou a comer o doce antes que ela acontecesse, o que é o ideal.

Com o tempo o diabético começa a ter essa percepção e perdi a conta das vezes em que ela disse: "parece que vou ter uma crise". No começo era uma correria quando ela dizia isso, quem nos visse acharia que éramos um bando de loucos, correndo que nem doidos atrás de um torrão de açúcar, uma bala, qualquer coisa doce.

Com o passar do tempo fomos nos acostumando, até que ela própria parou de dizer a tal frase, e tão logo percebia a crise se aproximando já tomava a iniciativa de ingerir um alimento, evitando dessa forma o desespero geral.

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terça-feira, 11 de novembro de 2008

A convivência de outras pessoas com o diabético

É importante que todas as pessoas que convivem com o diabético saibam de sua condição e também estejam informadas das atitudes a tomar em caso de crises ou mal-estar. É importante descrever exatamente o que pode ocorrer e que atitude tomar em cada situação.

Se você tem um filho diabético que passa uma parte do dia - ou todo ele - com a empregada, por exemplo, ela deve ser instruída sobre o que deve fazer em caso de convulsão, desmaio, hálito com cheiro estranho, etc. Deixe informações mais complicadas por escrito e permita que ela assista quando você tiver que intervir em alguma emergência.

Deixe sempre seus telefones de contato à mão, avise sempre aonde vai e por quanto tempo ficará lá, onde poderá ser encontrada nos vários horários do dia, todos os dias da semana. Anote também o telefone do médico que acompanha o tratamento, do hospital, da farmácia, etc.

Não só a empregada deve ser avisada. Na escola avise professores, serventes e colegas, avise na academia, no clube, e em todos os outros locais que a criança costuma freqüentar.

Mas faça isso discretamente, de preferência chamando a pessoa de lado ou a portas fechadas, não trombeteie a doença de seu filho nem faça do diabetes um melodrama familiar, porque agindo assim o diabético poderá ficar constrangido e sentir-se pouco à vontade.

Tome essas providências para assegurar que seu filho será devidamente socorrido e assistido caso aconteça algum imprevisto, mesmo que você não esteja presente.

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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Uma dieta equilibrada

Logo que saímos do consultório médico, assim que constatamos que Adeline era diabética, levamos entre outras coisas uma dieta rigorosamente equilibrada e dosada de 1.200 calorias. Conforme nos explicou o médico, isso era necessário como ponto de partida para determinar a quantidade de insulina necessária para manter a glicose dentro de um nível normal no sangue.

Os primeiros dias foram de muitas surpresas - geralmente desagradáveis - mas aos poucos o corpo dela foi se acostumando com o tratamento e fomos aprendendo a dosar os alimentos para que ela ingerisse sempre mais ou menos a mesma quantidade de calorias e os mesmos elementos da dieta original.

Nas visitas subseqüentes fomos aprendendo a substituir os alimentos porque o diabético sai, vai a festas, come na casa dos outros ou em restaurantes e não é possível exigir "três colheradas de arroz branco, duas de feijão, um bife grelhado, salada de folhas à vontade e uma xícara de chá de legumes cozidos. E ninguém vai conseguir comer só isso pela vida afora, seria uma chatice que levariam o diabético a desenvolver outros problemas de saúde e emocionais.

Aprendemos as porções corretas para substituir o arroz por mandioca, batata, macarrão, com o que substituir o feijão quando não estivesse presente, qual a quantidade ideal de cada legume, etc. São macetes que vamos aprendendo e incorporando, de forma que hoje ela faz essas substituições automaticamente, quase inconscientemente. Mas até chegar a isso foi um longo caminho, pontilhado de pequenos fracassos.

O importante é nunca desistir de conseguir uma dieta equilibrada e a quantidade ideal de exercício físico para reduzir a insulina injetada diariamente. Depois disso, o resto fica mais fácil.

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domingo, 9 de novembro de 2008

O que muda depois do diabetes

Com uma criança diabética em casa, como mãe nos sentimos constantemente sobressaltadas até nos acostumarmos com a nova situação. E só vamos nos acostumar com ela quando nos familiarizarmos com os possíveis problemas e suas soluções, os procedimentos que devem ser seguidos à risca para evitar complicações, as proibições e sugestões para ter uma vida saudável apesar da doença.

Quando a Adeline teve sua primeira crise hipoglicêmica eu tive pesadelos com crises horrorosas por noites seguidas. O pior é que eu não podia deixar transparecer meus medos e inseguranças em relação ao sucesso do tratamento porque isso poderia causar stress na menina e o stress emocional é uma das causas do "açúcar flutuante".

Manter a glicose num nível adequado, sem muitas variações, foi um desafio que durou meses para ser parcialmente vencido. Digo parcialmente porque praticamente qualquer coisa pode vencer o delicado equilíbrio entre comida X insulina X atividade física X emocional. Um susto ou um resfriado podem desequilibrar totalmente o quadro e o diabético começar a ter crises de hipo ou hiperglicemia (que tentamos evitar a qualquer custo).

Manter a cabeça fria e seguir à risca as orientações do médico foram as primeiras providências que tomamos para que ela tivesse uma vida o máximo possível "normal" e saudável. Mas no começo foi um verdadeiro martírio!

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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Dados sobre diabetes são assustadores

Os dados são assustadores. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, já são mais de 250 milhões de pessoas no mundo com a doença e esse número cresce a todo tempo. De acordo com a entidade, a cada cinco segundos, surge um novo caso de diabetes, o que corresponde a mais de 600 novos diabéticos por dia. Só no Brasil, cerca de 9% da população sofre com o problema.

E a receita para prevenir o mal que pode atingir qualquer pessoa é mais simples do que muita gente pensa: exercício físico e alimentação balanceada. Mas, conforme destaca o endocrinologista Willian Pardi, na maioria das vezes, apesar de muita informação sobre o assunto, a população ainda subestima a importância desses dois ingredientes.

Segundo o especialista, hoje, para uma mulher conseguir manter todas as suas atividades cotidianas, ela precisaria ingerir apenas 1.500 calorias diárias, enquanto que o homem, 2.000 calorias. De outro lado, Pardi conta que, atualmente, em uma única refeição, algumas pessoas chegam a ingerir cerca de 5.000 calorias.

"Antes do advento do computador, do carro, do controle remoto, tínhamos um número muito menor de diabéticos. Além disso, não tínhamos um exagero em oferta alimentar, difundida hoje, principalmente, pela televisão. E o alimento, para ser saboroso, ele precisa de uma quantidade muito elevada de gorduras e carboidratos/açúcares. Mas comemos esses alimentos e não fazemos exercícios para queimar as calorias", informa o médico.

Com a atividade física, conforme explica o endocrinologista, a pessoa consegue elevar o metabolismo da glicose/açúcar até a fase de ácido lácteo, não dependendo da insulina, ou seja, queima mais calorias, evitando o armazenamento delas em forma de triglicérides e gorduras e, com isso, utiliza menos algumas substâncias necessárias para determinar o equilíbrio metabólico do portador da doença.

Já sobre a dieta balanceada, o médico orienta que é necessário consumir 60% do valor total em carboidratos, de 20% a 30% em proteínas (derivados de animais), 15% de gorduras. "A complementação dessa alimentação deve ser feita com os ditos estruturais, que, além da proteína, são: Vitaminas, Co-enzimas e Co-fatores (esses obtidos em verduras, frutas e legumes)", alerta o médico.

Na maioria dos casos de diabetes tipo II, Pardi garante que é possível, além de prevenir, controlar o nível de glicose no corpo com a velha e eficiente fórmula: exercício e dieta balanceada.

De acordo com o médico, se com essas duas ações não houver avanços no quadro, é iniciado o uso de medicação via oral, que diminui o nível plasmático do açúcar. Geralmente, o efeito das drogas dura em média de 8 a 12 anos, sendo iniciado, depois desse período, o tratamento com a insulina exógena.

"Hoje, evoluiu muito a utilização da insulina sintética, preparada em laboratório. Ela não produz anticorpos, ou seja, o paciente não cria resistência a ele", conta o médico.

(Reportagem de Jornal da Manhã)

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domingo, 2 de novembro de 2008

Campanha contra o diabetes



Claudia Jimenez: campanha contra o diabetes - Patrícia Kogut: O Globo Online
Claudia Jimenez e Stella Torreão, que são sócias numa academia, na Lagoa, participarão da campanha de alerta contra o diabetes deste ano. As duas fazem parte da comissão de organização da caminhada "100 passos pelo Diabetes", no próximo dia 16, que sairá do Arpoador com chegada no Posto 9, em Ipanema.

Durante o evento, os cariocas terão à disposição médicos especializados em diabetes, que ficarão em tendas, espalhadas pela orla, onde também serão feitos testes de glicemia.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Receita contra o diabete

Receita para afastar o diabete — REVISTA SAÚDE!
Depois de acompanhar um grupo de mais de 5 mil voluntários por 7 anos, estudiosos americanos de diversas universidades concluíram que o cardápio tem estreita relação com o aparecimento do diabete do tipo 2. Para o bem e para o mal. Isso mesmo. “O trabalho enfatiza a importância de caprichar na variedade e não focar apenas em um grupo de alimentos”, avalia a nutricionista Andréa Esquivel, de São Paulo.

Segundo os cientistas, o que vai para o prato interfere diretamente nos níveis de insulina, aquele hormônio que bota o açúcar dentro das células.

Se, por um lado, há alimentos que ajudam a deixar tudo em ordem, sem nenhuma sobra açucarada na circulação, outros, entretanto, só atrapalham. Daí o delicado equilíbrio acaba prejudicado, o que pode ser o estopim para a doença.

Confira abaixo, quais são os aliados e os vilões nessa história que acaba de ser publicada no periódico científico Diabetes Care.

O que não pode faltar no menu:
cereais integrais - hortaliças - frutas - oleaginosas, ou melhor, a turma das castanhas e nozes, além de laticínios desnatados.

O que se deve comer com parcimônia:
Alimentos à base de farinha refinada, ou seja, pães, biscoitos e outros, além de laticínios com alto teor de gordura e carne vermelha gorda.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Diabetes impacta rendimento escolar de 25% das crianças diabéticas

SEGS PORTAL NACIONAL - UM EM CADA QUATRO JOVENS COM DIABETES NO BRASIL DIZ QUE DOENÇA IMPACTA SEU DESEMPENHO ESCOLAR
Um estudo realizado pela Sociedade Internacional de Diabetes em Adolescentes e Crianças (ISPAD) e pelo laboratório Novo Nordisk apontou as implicações da doença na vida social, familiar e letiva em portadores de diabetes

Diariamente, mais de 200 crianças são diagnosticadas no mundo com diabetes, uma das doenças crônicas infantis mais comuns que pode afetar crianças e jovens em qualquer idade.

Diante deste cenário, a Sociedade Internacional de Diabetes em Adolescentes e Crianças, juntamente com o laboratório dinamarquês Novo Nordisk, empresa voltada ao cuidado com a saúde e líder mundial no tratamento do diabetes, realizaram uma pesquisa batizada de DAWN Youth - sigla que representa Diabetes, Attitudes, Wishes and Needs (em português, diabetes, atitudes, desejos e necessidades em jovens).

O estudo foi realizado entre 2007 e 2008, com o objetivo de reunir informações sobre o diabetes e sua influência na vida das crianças e jovens, inclusive a situação vivida na escola. Foram entrevistados profissionais de saúde, pais ou cuidadores de, pelo menos, uma criança com diabetes entre 0 e 18 anos, e jovens na faixa de 18 a 25 anos. Participaram da pesquisa aproximadamente 9.200 pessoas, de 13 países diferentes, como Dinamarca, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Espanha, Estados Unidos e Brasil.

Por aqui, os dados chamam a atenção para questões psicossociais envolvendo diabetes e escola. A começar pelo fato de que 10% dos jovens brasileiros pesquisados já sofreram discriminação e considera o diabetes um limitador em suas relações sociais. No que se refere ao desempenho escolar, 25% dos jovens afirmam que seu desempenho escolar é impactado pela doença. Seis entre dez crianças ou jovens com diabetes não controlam devidamente o diabetes no período de aula (de acordo os profissionais da saúde que tratam crianças com diabetes), já que o aluno que tem diabetes tem necessidades específicas como medir a glicemia, fazer lanches fora do horário e até aplicar insulina no horário letivo.

Ainda sobre a problemática na escola, nove entre dez crianças afirmam não contar com uma enfermeira para auxiliá-las com seu diabetes durante o horário de aulas e, ainda, existem evidências de que as crianças com diabetes deixam a escola mais cedo do que as demais.

Escolas não têm estruturas adequadas para crianças com diabetes

Além de curiosidade para aprender e se manter informado, é fundamental, segundo profissionais da saúde que participaram da pesquisa, que as crianças ou jovens portadores de diabetes tenham algum tipo de apoio de profissionais de saúde na escola.

De acordo com dados da pesquisa, um acompanhamento psicológico pode ser necessário para que a criança portadora de diabetes aceite seus limites. Os resultados demonstram que 40% dos jovens faltam à escola, pelo menos uma vez por mês, por causa do diabetes; 25% acreditam que o diabetes tem um efeito negativo no seu desempenho escolar; e 10% afirmam que já sofreram discriminação e consideram que a doença limita seus relacionamentos sociais. "É importante que, tanto a criança quanto sua família, ajustem-se à rotina do tratamento do diabetes para que haja um bom controle da doença, o que permitirá que a criança tenha uma vida normal", finaliza a Dra. Fani Malerbi, psicóloga e coordenadora da pesquisa DAWN Youth no Brasil.

O diabetes mal controlado pode, a longo prazo, levar a complicações cardíacas ou renais. Tudo isto pode ser facilmente prevenido por cuidados e suporte adequado para as crianças que têm a doença. Os resultados da pesquisa DAWN Youth destacam a importância de enfrentar os problemas do diabetes em relação às crianças.

"O cuidado das crianças com diabetes na escola ainda é um desafio. É necessário uma integração entre a família, profissionais de saúde e equipe escolar para dar proteção à criança durante este longo período do dia em que está fora de casa. Ela deve ser tratada com igualdade, porém com um olhar atento e a possibilidade de realizar auto-monitorização, aplicar insulina ou ingerir comida se houver necessidade", afirma Dr.Luis Eduardo Calliari, endocrinologista pediátrico, coordenador-médico do estudo e professor da Unidade de Endocrinologia Pediátrica da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.

Para Vanessa Pirolo Vivanco, uma jornalista de 27 anos que descobriu a doença aos 18 anos de idade, os resultados da pesquisa no Brasil são muito importantes para analisar o perfil tanto do paciente, quanto dos pais e dos profissionais de saúde. "Agora temos dados estatísticos para conseguir sensibilizar as pessoas sobre os riscos do diabetes e saber tratar dos pacientes de forma mais eficaz, proporcionando maior qualidade de vida", afirma Vanessa, que também é representante brasileira da Novo Nordisk no programa Youth Panel, que consiste em discussões e debates de jovens de todo o mundo acerca do diabetes.[14]

A jornalista ressalta ainda que a ansiedade que crianças e pais sentem com o diagnóstico pode levar a depressão. "É essencial que a partir desta pesquisa, as autoridades, associações e profissionais de saúde levem em consideração todos os aspectos psicológicos do paciente para que possam oferecer o melhor tratamento e apoio", finaliza Vanessa.

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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Portador de diabetes tem direito a tratamento e remédio gratuitos

SEGS PORTAL NACIONAL - PORTADOR DE DIABETES TEM DIREITO A TRATAMENTO E REMÉDIOS GRATUITOS
DURANTE ADJ REALIZA 13° CONGRESSO DE DIABETES, QUE ACONTECE EM SETEMBRO, SERÁ OFERECIDA ORIENTAÇÃO JURIDICA GRATUITA

De acordo com Lei Federal nº 11.347, que entrou em vigor em setembro de 2007, todo portador de diabetes tem direito garantido de receber gratuitamente do Sistema Único de Saúde - SUS medicamentos para o tratamento da doença e os materiais necessários à sua aplicação e à monitorização da glicemia capilar.

A ADJ - Associação de Diabetes Juvenil - realiza nos dias 27 e 28 de setembro, no Espaço APCD, em São Paulo, o 13° Congresso da Associação de Diabetes. O evento contará com a participação de mais de 45 profissionais de saúde, entre eles, advogados que irão prestar orientação jurídica para que os portadores conheçam o funcionamento das leis e possam procurar os seus direitos.

Onde os portadores de diabetes podem se dirigir para retirarem seus medicamentos gratuitos e o que fazer caso não consigam esse benefício?
As pessoas devem procurar o posto de saúde mais próximo de sua casa, levando um comprovante de residência e documento de identidade. No local, deverá se inscrever como portador de diabetes e solicitar inscrição como usuário do SUS. Após receber os dois cartões, poderá retirar na farmácia do posto os medicamentos necessários para o controle do diabetes. Caso não consiga obter os materiais nem mesmo após solicitar outros endereços, o cidadão que morar em São Paulo, poderá entrar com ação judicial, seja por intermédio de advogados particulares ou públicos, na Procuradoria de Assistência Jurídica, a PAJ, ou na Defensoria Pública.

Nos casos de solicitação de advogados públicos, os cidadãos portadores da doença, devem ganhar até 3 salários mínimos mensais. Acima desse valor, os convênios da OAB são responsáveis por realizar triagem com assistente social para análise dos casos individualmente.

Quem possui plano de saúde pode exigir receber tratamento nos postos de saúde?
Qualquer portador de diabetes tem direito garantido ao recebimento de medicamentos, independente de sua condição financeira, atividade profissional, ou mesmo se possuir plano de saúde. Além disso, ele pode exigir qualquer tipo de tratamento, desde que haja comprovação da necessidade através de laudo médico ou exames.[14]

Portadores de diabetes podem exigir auxílio doença e aposentadoria?
Pessoas com diabetes que estiverem desempregadas podem exigir auxílio doença somente se estiverem momentaneamente incapacitadas para o trabalho, total ou parcialmente. No caso de requerer aposentadoria, somente com a comprovação de incapacidade total para o trabalho, mediante atestado médico.

Descoberto hormônio que pode ajudar na prevenção do diabetes

Descoberto hormônio que pode ajudar na prevenção e no controle do diabetes - O Globo Online
Cientistas identificaram uma substância no organismo humano que pode levar a outras formas de combater do diabetes e alguns tipos de doenças relacionadas à obesidade.Chamado de lipoquinas, o novo tipo de hormônio identificado pelos cientistas faz parte de uma classe de hormônios produzidos pela gordura corporal.

Quando em equilíbrio, previne o acúmulo de gordura no fígado e melhora a capacidade do organismo de controlar glicose. A descoberta feita por cientistas da Harvard School of Public Health e liderada por Gokhan Hotamisligil está na publicação Cell deste mês e mostra um estudo feito com ratos.

" A função das lipoquinas no fígado e nos músculos é parecida com a ação da insulina, que ajuda a controlar a quantidade de açúcar no sangue "

Uma das funções dos hormônios é atuar como mensageiros químicos do corpo, levando informações para células e órgãos. Estas informações são fundamentais para vários processos, entre eles o crescimento, o equilíbrio do metabolismo, o desejo sexual e o humor.Os hormônios já conhecidos pelos médicos se dividem em dois grupos - os derivados de esteróides ou de proteínas. Segundo Hotamisligil, este é o primeiro exemplo de um grupo de hormônios derivado da gordura. Por enquanto, pesquisadores devem chamar a nova substância de lipoquinas (lipokines, em inglês).

Se as lipoquinas funcionarem em humanos como funcionaram nos testes com ratos, acredita Hotamisligil, a descoberta da cura para do diabetes, assim como a de outras doenças hepáticas, está próxima.

- Temos evidências de que estes hormônios são produzidos apenas pelas células de gordura - afirma Hotamisligil.

Uma das funções das lipoquinas é transmitir informações para o fígado que evitem que o órgão acumule gordura excessiva. O hormônio também otimiza o uso de glicose pela musculatura.

- A função das lipoquinas no fígado e nos músculos é parecida com a ação da insulina, que ajuda a controlar a quantidade de açúcar no sangue - diz o pesquisador.

Portadores de diabetes têm níveis muito altos de açúcar no sangue. Aqueles com o tipo 2, que está relacionado à obesidade, tem resistência à ação da insulina ou não produzem a quantidade suficiente do hormônio. A medida que o indivíduo engorda, o nível de outro hormônio, o palmitoleato, cai. Pesquisadores já conheciam esta substância, mas não sabiam qual era sua relação com a produção de gordura. Agora, descobriram que o palmitoleato e as lipoquinas estão diretamente relacionados.

Equilibrando a ação das lipoquinas em diabéticos, estes pacientes não teriam mais dificuldade em controlar a glicose. Além disso, o acúmulo de gordura no fígado ficaria mais difícil.

Uma das possibilidades, acredita Hotamisligil, é criar exames que meçam os níveis de palmitoleato no organismo, identificando precocemente as chances de doenças como o diabetes e, quem sabe, prevenindo os distúrbios em estágios iniciais.
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domingo, 3 de agosto de 2008

Fim de férias

Estou ainda enrolada com as atividades do início das aulas, as férias acabaram e já estou na correria de novo. Por conta disso não tenho aparecido muito por aqui, mas em breve estarei com as coisas sob controle e prometo atualizações mais freqüentes. Tenham paciência comigo!

(zailda coirano)

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quinta-feira, 10 de julho de 2008

Diabete atinge cerca de 246 milhões de pessoas - estima OMS

Brasil - Último Segundo - Diabete atinge cerca de 246 milhões de pessoas, estima OMS
São alarmantes os índices de diabete. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença atinge cerca de 246 milhões de pessoas.
As estimativas da OMS são de que, dentro de 18 anos, chegue a 380 milhões o número de portadores desse mal.

"A diabete é uma doença metabólica, que provoca o aumento de glicose no sangue. Para ela ser absorvida precisa ser transportada da circulação para os tecidos alvo: os músculos e o fígado. Quando a pessoa tem deficiência na captação dessa glicose por ausência de insulina, o paciente fica com a taxa de glicose elevada, que é a diabetes", explica Helena Atroch Machado, endocrinologista do Hospital São Camilo Pompéia, na capital paulista.

Existem vários tipos de diabete. "Uma das mais comuns é a do tipo 1, que ocorre na infância, por deficiência na produção de insulina", diz Alex Carvalho Leite, endocrinologista coordenador da equipe de endocrinologia das unidades Itaim e Morumbi do Hospital São Luiz, em São Paulo. O tratamento é feito com aplicações de insulina.

A do tipo 2, de acordo com o especialista, é mais comum acima dos 40 anos. É caracterizada pela resistência periférica no fígado e nos músculos à ação da insulina. Para tratá-la, o paciente precisa tomar medicamentos via oral e fazer regime. Há também a diabetes gestacional, quando ocorre alteração das taxas de açúcar no sangue durante a gravidez. Ela pode persistir ou desaparecer após o parto.

Sintomas

No caso da diabete tipo 1, o paciente começa a urinar em demasia (poliuria), sentir muita sede (polidipsia), perder peso, sentir muita fome, tonturas, fraqueza, indisposição e vômitos.

A diabetes tipo 2 está relacionada com histórico familiar e também com pessoas acima do peso. "Antigamente ela atingia pessoas mais velhas. Nos dias de hoje, devido à obesidade, há crianças e jovens com diabetes tipo 2", explica Helena.

Para saber se uma pessoa está com diabetes, o médico indica exames de glicemia de jejum e o teste de tolerância à glicose. Quem precisa controlar a doença é feito o exame de hemoglobina glicada.

Alimentação

Além de comer de forma fracionada (o ideal é fazer uma refeição leve a cada três horas), os portadores de diabetes devem evitar o excesso de carboidratos e também ingerir frutas com moderação.

Atividades físicas são fundamentais nesse caso. "Os exercícios fazem baixar os níveis de açúcar no sangue, independente da ação da insulina", afirma Alex. "Mas os exercícios devem ser feitos sob orientação médica e a supervisão de um profissional da área", enfatiza o especialista.

Tudo para o diabético

Diabete.com.br

News

Estudo determina nível de açúcar para diagnóstico
Um índice de até 6,5% reduz em até 30% as complicações mais provocadas pelo diabetes tipo 2.

Aparelho no duodeno poderia reduzir glicemia
Estudo recente mostrou efeitos benéficos na redução da glicemia, colocando um dispositivo no duodeno.

Qualitas lança medidor de diabetes por celular
A união de tecnologia espacial com a medicina criou um produto pioneiro e inédito em nível mundial: "medidor de diabetes por celular"

Tudo sobre Diabetes - Sociedade Brasileira de Diabetes

Tudo Sobre Diabetes
Procurando mais informações sobre diabetes? Tire suas dúvidas e descubra que não é tão complicado ter uma vida saudável.

Saiba sobre os tipos de diabetes, sinais e sintomas, medicamentos, atividades físicas, os principais cuidados para evitar as complicações, etc.


quinta-feira, 26 de junho de 2008

As frutas na alimentação do diabético

O diabético tem que ter uma alimentação balanceada para evitar que ganhe peso ou que tenha que tomar muita insulina para queimar calorias extra adquiridas através de uma alimentação rica em carbohidratos.
É um erro imaginar que existem alimentos "bons" ou "maus" para a alimentação do diabético, porque o que vai determinar se uma refeição é benéfica ou não para o metabolismo é a variedade e a quantidade de cada tipo de alimento.
Achar que as frutas podem ser consumidas à vontade é um erro porque tudo o que comemos acaba se transformando em glicose, mais cedo ou mais tarde. Quando ingerimos açúcar ele já entra quase que imediatamente na corrente sangüínea na forma de glicose. Já os lipídios (óleo, margarina, etc) precisam antes passar por uma transformação: primeiro são estocados no organismo e depois são liberados em forma de glicose quando necessário. Os carbohidratos também sofrem uma transformação que demora algumas horas antes de virarem glicose e o mesmo acontece com as frutas.
O ideal é comer de forma a ingerir alimentos que se transformem em glicose em tempos diferentes para que sempre haja uma reserva, em vez de entrarem todos na corrente sangüínea ao mesmo tempo.
As frutas são benéficas e trazem muitos elementos necessários à saúde de todos, não só dos diabéticos, mas no caso destes é necessário que não se ultrapasse a dosagem de uma fruta pequena depois das refeições principais e talvez uma no café da manhã, dependendo da dieta que o médico tenha recomendado.
Algumas frutas inclusive ajudam a manter os níveis de açúcar equilibrado, enquanto outras têm que ser consumidas em porções bem pequenas para evitar que se transformem em inimigos. Na cidade onde eu morava, por exemplo, um rapaz entrou em coma com uma taxa de glicemia em torno de 800. Quando voltou a si o médico lhe perguntou o que ele tinha comido e ele disse apenas "manga".
Ora, pensou o médico, manga é uma fruta que deve ser consumida sem exageros mas não provocaria por si só uma crise daquelas, portanto perguntou QUANTAS MANGAS ele havia comido.
-Não sei - foi a resposta - eu me sentei embaixo da mangueira, enchi um balde e fui comendo até que comecei a me sentir mal.
Pudera, até quem não é diabético se sentiria mal fazendo uma extravagância dessas! Portanto o segredo não é O QUE comemos, mas QUANTO comemos. Equilibrar quer dizer comer um pouco de tudo, e não muito de uma coisa só, seja fruta ou massa.

(zailda coirano)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Jaú contra a carambola

A insólita história da cidade do interior de São Paulo que – como aconteceu com o cigarro – criou uma lei obrigando bares, restaurantes e supermercados a pregar cartazes alertando para os riscos da fruta à saúde

A idéia que mudou a vida do vereador José Mineiro de Camargo, do PSB de Jaú, interior de São Paulo, poderia ter caído de uma árvore, como a maçã que inspirou Isaac Newton a criar a teoria da gravidade. Guardadas as devidas proporções de genialidade, Zé Mineiro, como é conhecido, conta que a carambola atingiu sua cabeça de outra maneira: “Estava na rua conversando com o povo quando um senhor disse que a carambola faz mal para os rins. Fiquei encafifado com aquilo e fui pesquisar na internet. Descobri que era verdade, fiz a lei e corri para o abraço”, diz. No dia 19 de março, o prefeito de Jaú sancionou a lei de Zé Mineiro, aprovada dias antes por unanimidade na Câmara Municipal. O texto diz exatamente o seguinte:

Artigo 1º – Ficam os hospitais, postos de atendimento a saúde, ambulatórios e demais estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, obrigados a manter afixados, em local visível, cartaz (sic) com medida mínima de 40 centímetros na horizontal e 20 centímetros na vertical, com os seguintes dizeres: “Pacientes com insuficiência renal estão proibidos de comer o fruto, ou o doce, ou ingerir o suco da carambola, seja qual for o grau da insuficiência, pois a fruta produz neurotoxina que concentra-se no sangue, atinge os neurônios em concentração maior e provoca soluços, convulsões, podendo levar até a morte. Portanto, não comam”.

Parágrafo único – A obrigação de que trata o “caput” desta lei estendem-se (sic) às empresas que exploram atividades relacionadas a gêneros alimentícios, tais como bares, lanchonetes, padarias, sorveterias, restaurantes, supermercados, quitandas e congêneres.

Sancionada há dois meses, a lei de Zé Mineiro não entrou em prática em toda a cidade, pois muitos comerciantes ainda não foram oficialmente avisados. A norma prevê multa de R$ 520,80 para quem deixar de pregar o cartaz. Se reincidir, a penalidade dobra. A lei trata a carambola como se fosse um produto tóxico nocivo à saúde. É uma fórmula similar às leis que regulam o consumo de álcool, tabaco e de produtos que contêm substâncias consideradas tóxicas.

É verdade que a carambola também tem uma substância tóxica, chamada carambotoxina. De acordo com os médicos, quem tem insuficiência renal pode mesmo sofrer intoxicação ao consumi-la. Nesses casos, o rim debilitado não consegue filtrar a toxina, que, espalhada pela corrente sanguínea, passa a atuar no sistema nervoso. “Ao comer carambola, pessoas com insuficiência renal começam a soluçar incontrolavelmente e vomitar. Em alguns casos, apresentam distúrbios de consciência e convulsões, podem entrar em coma e morrer”, diz o médico Joaquim Coutinho Netto, da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto.

A lei de Zé Mineiro pode, portanto, até parecer justa. Mas será útil? Há razões aritméticas para duvidar. A Santa Casa de Jaú, uma referência na região, atende cerca de 120 pacientes com insuficiência renal – ou 0,09% dos 125 mil habitantes da cidade. Em frente à sala de hemodiálise, há um alerta sobre os riscos da carambola. Segundo a direção do hospital, a placa estava lá antes da lei de Zé Mineiro. “Há alguns anos já alertamos todos os nossos pacientes. Não vejo necessidade de espalhar essa informação para toda a população”, diz o nefrologista Rubens Narciso Gonçalves. Se todos os pacientes já estavam avisados sobre os riscos da carambola antes da criação da lei, faz sentido espalhar alertas em bares, restaurantes, lanchonetes, supermercados, sorveterias e afins?

Embora o município possa fazê-lo, a responsabilidade por criar leis que alertam o consumidor sobre os riscos à saúde geralmente é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Surpreendida pela lei, a Anvisa não sabe dizer se a criação de Zé Mineiro é pertinente. “Precisamos conversar com os acadêmicos para determinar se ela é mesmo importante”, diz Antonia Aquino, gerente de produtos especiais da Anvisa.
“Estava na rua quando um senhor disse que carambola faz mal para o rim. Fiz a lei e corri para o abraço”, diz o vereador

O médico Coutinho Netto deve ser um dos ouvidos pela Anvisa. Ele participou dos estudos que identificaram a carambotoxina em 2003. Nem ele, que teve contato direto com vítimas da intoxicação, acha a lei razoável. “Centros de nefrologia e hemodiálise do mundo todo já dão o alerta a seus pacientes”, diz Coutinho Netto, dono de duas caramboleiras no quintal de casa, em Ribeirão Preto. “Avisar em bar é um exagero.” Segundo Coutinho, pessoas sem insuficiência renal não correm risco ao comer a fruta.

Zé Mineiro tem 54 anos, é separado e tem cinco filhos. Os mais velhos cuidam da empresa da família, uma empreiteira especializada na montagem de usinas de açúcar e álcool. Segundo seus amigos de Jaú, ele já ficou rico e quebrou algumas vezes. “Gosto mesmo é de fazer política”, diz Zé Mineiro. Ele cumpre seu terceiro mandato como vereador. Até hoje, não somou mais que 2 mil votos em nenhuma das eleições que ganhou. Já perdeu uma disputa para prefeito e outras três para deputado estadual. Depois de criar a lei da carambola, deu entrevistas para jornais, rádios, TVs e sites de todo o país, ganhou fama nacional e virou celebridade nas ruas de Jaú.

Ele diz não ligar para as críticas. “O povo tem de ser informado de tudo. Se a minha lei salvar uma vida, já valeu a pena”, afirma. Pelo menos sua própria vida ela já ajudou. Zé Mineiro parece ter ganhado fôlego para disputar o quarto mandato como vereador. Quando circula pela cidade em sua moto Honda CB 250 prata, ele só deixa de cumprimentar os cachorros (para os donos, criou uma lei obrigando o uso de sacola plástica para retirar a sujeira da calçada). Em tom de piada, promete autógrafos aos possíveis eleitores. E orgulha-se em dizer que vereadores de outras cidades já telefonaram pedindo cópia da lei para implantá-la.

A carambola não é uma fruta comum em Jaú. A reportagem de ÉPOCA visitou 14 bares, restaurantes e sorveterias da cidade. Nenhum deles vende produtos de carambola, embora uma das lanchonetes ofereça 28 sabores de sucos naturais, incluindo o excêntrico pitanga com leite. Na única feira livre de Jaú, os feirantes dizem que a carambola não é comum na região. Naquele dia não havia nenhuma à venda. Jaú não produz carambola. As fazendas locais estão tomadas pela cana-de-açúcar. Apesar disso, nenhum vereador teve a idéia de criar uma lei obrigando todos os estabelecimentos a afixar avisos sobre o risco do consumo de caldo-de-cana a diabéticos e obesos. Pelo menos até agora.

Faz bem ou faz mal? - O que dizem os médicos sobre os riscos e os benefícios da carambola

MITOS

É BOA PARA DIABÉTICOS
Não há comprovação científica de que a carambola contenha alguma substância capaz de diminuir a quantidade de açúcar no sangue

FAZ BEM PARA O RIM
Consumida por pacientes com insuficiência renal, a carambola pode causar envenenamento. Para pacientes saudáveis, não faz nem bem, nem mal VERDADES

PREVINE O ENVELHECIMENTO
Rica em polifenóis, a mesma substância encontrada no vinho, a fruta tem propriedades antioxidantes. Elas combatem compostos responsáveis pelo envelhecimento

FORTALECE O SISTEMA IMUNOLÓGICO
Rica em vitaminas A, C e do complexo B, ajuda a combater o escorbuto, doença causada pela carência de vitamina C que causa hemorragias





domingo, 25 de maio de 2008

Lista atualizada de blogs

Hipoglicemia X hiperglicemia

Logo que descobrimos que Adeline era diabética tentamos adaptar nossa rotina a esse fato e uma das principais dificuldades que encontramos foi de como manter a taxa de glicose estável em seu sangue.

No ser humano não-diabético há todo um mecanismo para regular a dosagem de glicose no sangue. Quando há um aumento da atividade física, queimando mais glicose, ou quando a pessoa passa muito tempo sem comer, o fígado entra em ação liberando mais glicose no sangue. Se por acaso essa taxa aumenta muito há todo um mecanismo para acumular essa glicose extra no fígado para ser liberada quando necessário.

Quando uma dose maior de energia é necessária o pâncreas secreta mais insulina, que "quebra" a molécula de glicose liberando essa energia. Mas no diabético esse mecanismo fica comprometido e temos que injetar a glicose que julgamos necessária.

Infelizmente para haver um equilíbrio da taxa de glicose há um tripé: atividade física, quantidade de comida ingerida e insulina injetada. Qualquer dos três fatores, quando alterado, provoca um aumento ou queda na taxa de glicose no sangue, e será necessário interferir injetando mais insulina (no caso de um aumento de glicose), ou oferecimento de alimento ou mesmo de açúcar (no caso de queda).

Como ainda não tínhamos uma idéia clara de como o organismo dela reagia à insulina, no início foi muito duro, ela tinha aumentos de glicose (que provocavam mal-estar e vômitos que não paravam com nada) ou quedas súbitas, que provocam as temidas crises de hipoglicemia, que provocam suor abundante, alucinações, tremores, perda do controle motor e podem em casos extemos levar à morte.

Conviver com isso foi muito duro e quando ligavam da escola ou academia de balé avisando que ela estava tendo uma crise saíamos voando para lá para tentar remediar. Aconteceu de ela ter crise de hipoglicemia quando não havia nada que ela pudesse comer em casa (causada pela nossa falta de prática no assunto) e até enquanto estava trancada no banheiro.

Aos poucos ela foi crescendo e ajudando porque conseguia prever as crises e então podíamos prevenir antes que acontecessem. Hoje ela já lida bem com isso e tem sempre um doce e uma dose suplementar de insulina com ela, bem como um cartão de identificação de diabético, que pode salvar sua vida em caso de acidente ou desmaio.

As implicações do diabetes são grandes e no começo todos sentimos que nunca mais teremos uma vida normal, mas à medida que nos adaptamos à doença aprendemos a conviver com ela da forma mais natural e prática possível.

(zailda coirano)

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Cirurgia de redução de estômago livra pacientes do diabetes tipo 2

Vi ontem na TV que de 17 pacientes obesos que passaram pela cirurgia de redução de estômago e que eram portadores de diabetes tipo 2, apenas 2 não se livraram da doença e das conseqüentes injeções diárias de insulina.

Fiquei impressionada porque um dos pacientes tinha que tomar 7 injeções diárias para controlar o diabetes e após a cirurgia não precisa mais de nenhum tratamento específico.

A relação entre a cirurgia de redução de estômago e a cura do diabetes ainda está sendo estudada pois não se sabe ainda se essa cura é permanente ou se a doença pode voltar em alguns anos ou mesmo meses.

Também a cirurgia só é indicada para pacientes que tenham obesidade mórbida, portanto em pacientes que são diabéticos mas não são obesos a cirurgia não está indicada. Também não se mencionou nada sobre o diabetes do tipo 1.

Mas já é um alento e mostra que a cada dia surgem novas descobertas científicas para ajudar aos pacientes que sofrem desse mal, ainda hoje teoricamente incurável, mas parece que isso também vai mudar.

(zailda coirano)

sábado, 3 de maio de 2008

Peso e doenças

Algumas doenças estão diretamente relacionadas ao peso excessivo. Enxaqueca, lombalgia, fibromialgia, artrite, tendinite e artrose são apenas poucos exemplos. Problemas que caracterizam dor crônica e, consequentemente, diminuição da qualidade de vida. Neste quadro da responsabilidade da obesidade, ainda é possível destacar diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares.

O exercício físico é primordial no tratamento de qualquer uma destas doenças. Mas geralmente, o peso abusivo impede a realização de uma boa atividade ou acaba gerando lesões nos tendões e nos músculos. Aí vem o papel da conscientização, em que a descoberta dos motivos que levaram a pessoa ao excesso de peso é fundamental. Quanto menos peso, menos tempo de tratamento.

Vale ainda buscar a ajuda de um profissional que auxilie o paciente no processo de reeducação alimentar. Comer de forma saudável é melhor do que comer pouco e é isso que o obeso precisa descobrir.

Cantinho diabético

A Farmácia Drogavista possui assistência farmacêutica permanente, sendo especializada em produtos e serviços para o portador de diabetes, contando ainda com a manipulação de fórmulas magistrais alopáticas e homeopáticas.

Cantinho Diabético

Pais rezavam enquanto a filha morria de diabetes

Os pais que rezaram enquanto sua filha de 11 anos morria de diabetes não tratada foram acusados de homicídio na segunda-feira.

Amigos e familiares pediram que Dale e Lailani Neumann pedissem ajuda, mas o pai considerou a doença um "teste de fé" e a mãe não pensou em levar a filha ao médico por achar que a menina estava sob um "ataque espiritual", afirma o relatório do caso.

"É surpreendente e chocante que ela não pudesse ser atendida por um médico", disse a promotora do distrito de Marathon Jill Falstad. "Sua morte poderia ter sido evitada".

Madeline Neumann morreu no dia 23 de março - domingo de Páscoa - na casa da família. Os policiais informaram aos pais que o corpo seria levado à cidade de Madison para autópsia no dia seguinte.

"Eles responderam: 'Não precisa fazer isso. Ela estará viva", disse o legista no relatório.

A autópsia determinou que Madeline morreu de diabetes não diagnosticada, que a deixou com pouca insulina no corpo. Os registros do caso mostram que ela provavelmente apresentou sinais da doença durante meses.

Os Neumann podem pegar até 25 anos de prisão, caso sejam condenados.

Dale Neumann, 46, ex-policial, afirmou ter amigos que são médicos e que iniciou socorro médico "assim que o sopro da vida deixou" o corpo de sua filha.

Um dia antes da morte de Madeline o pai escreveu um e-mail com o assunto "Ajude nossa filha que precisa de reza urgente!!!". Ele escreveu ainda que a menina estava "muito fraca e pálida no momento e com quase nenhuma força.

A avó da menina, Evalani Gordon, disse à polícia que ficou sabendo que sua neta não conseguia andar no dia 22 de março e aconselhou Leilani Neumann a levar a garota ao médico.

Cientistas decifram novas chaves sobre início de diabetes tipo 2

Um único aminoácido poderia ser chave no início da diabetes tipo 2, segundo um artigo publicado esta semana pela revista "Journal of the American Chemical Society" ("JACS"), que contraria as opiniões convencionais sobre o começo da doença. Nos Estados Unidos há 20,8 milhões de crianças e adultos, isto é, 7% da população, que sofrem de diabetes. Este número inclui aproximadamente 6,2 milhões de pessoas que não sabem que têm o problema.
O tipo 2 da diabetes, uma condição na qual o corpo não usa a insulina de maneira apropriada, afeta a maioria das pessoas que foram diagnosticadas com o problema.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Michigan (UM), liderada pelo professor de química e biofísica Ayyalusamy Ramamoorthy, indicou que "uma das características mais fortes da diabetes tipo 2 é a presença de grânulos de fibras de proteína chamadas amilóides nas células do pâncreas que produzem a insulina".

A pesquisa anterior sugeriu que a formação de amilóides de alguma forma danifica as membranas que envolvem estas células, as mata e precipita a diabetes.

Mas Ramamoorthy e seus colaboradores provaram que o dano pode ocorrer independentemente da formação de amilóides e que a proteína envolvida, conhecida como amilina (IAPP, na sigla em inglês), tem regiões separadas responsáveis pela formação de amilóides e o transtorno da membrana.

"Já se sabia que as fibras amilóides próprias não são especialmente prejudiciais para as células, mas se pensava que o processo de formação de amilóides podia gerar compostos intermediários tóxicos que causavam o dano à membrana", disse Ramamoorthy. "Este assunto foi matéria de grande debate", precisou.

O grupo da UM, que rompeu um extremo da proteína e testou as propriedades do fragmento resultante, descobriu que o fragmento transtorna as membranas e causa a morte da célula de maneira tão eficaz como a proteína completa, sem a formação de amilóides.

Depois os pesquisadores compararam a forma humana da IAPP com a versão em ratos, que não causa a morte de células, e descobriram que a diferença de um único aminoácido (o bloco de construção das proteínas) é responsável pela toxicidade.

Apesar de acreditar-se que a IAPP contribui ao desenvolvimento da diabetes tipo 2, não foram desenvolvidos ainda medicamentos que suprimam o papel da IAPP na diabetes, principalmente porque continua sendo um mistério o mecanismo molecular pelo qual a IAPP torna-se tóxica, indicou o artigo.

Além disso, a presença de formas tóxicas e não tóxicas da mesma proteína no corpo humano complica consideravelmente a descoberta de que faz com que a proteína seja tóxica.

"Algo interessante é que este é, exatamente, o mesmo problema que limitou o progresso da pesquisa para a descoberta de remédios que tratem outras doenças por amilóides relacionadas com a idade, como Alzheimer, Parkinson, Huntington e a doença da 'vaca louca'", disse Ramamoorthy.

"Nossa descoberta-chave de uma versão da proteína que existe só em uma forma tóxica estável simplifica consideravelmente a busca de compostos que previnam estas doenças", concluiu.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Como afastar uma criança dos doces

Acho que depois da aceitação da doença o pior foi explicar à Adeline (que tinha só 8 anos) que ela não poderia mais comer quase nada do que gostava. Logo as enxeridas de plantão começaram a matraquear que eu teria que tirar todos os doces de casa para que ela não "caísse em tentação". Eu achei aquilo um absurdo, a diabética era ela e seria muito mais penoso privar todo mundo em casa de algo que todos gostávamos.

Optei pela sinceridade, expliquei a ela que de agora em diante tudo o que comesse seria contado e medido e só poderia comer o que era permitido, da forma autorizada e na quantidade própria para a dieta dela. Expliquei que nós comeríamos doces normalmente e ela teria que se acostumar, porque no mundo todo as pessoas continuariam deliciando-se com guloseimas e ela teria que aprender a afastar-se delas.

Deu certo, sempre que podia eu comprava o "normal" para nós e o "diet" para ela, mas quando não era possível ela comia uma fruta ou algo assim e nós continuávamos a comer da forma que sempre coméramos.

Acho que fiz a coisa certa porque sempre haverá gente comendo doces e outras coisas "proibidas" para diabéticos, dessa forma ela aprendeu a controlar-se e a entender que ELA era diabética, mas o resto do mundo não.

(zailda mendes)

domingo, 16 de março de 2008

A Páscoa está chegando - que fazer?

Algumas sugestões para driblar o excesso de consumo de chocolate e carboidratos nessa época do ano. Sugestões úteis para substituir os ovos normais por dietéticos e os cuidados com o consumo de colombas, principalmente no caso de crianças diabéticas.

Clique no link abaixo para ler:

Comunidade Diabetes

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Encontrei um site onde você pode criar um perfil e lá encontrará fóruns, receitas, dicas e conselhos médicos sobre como conviver da melhor forma com o diabetes. Clique no link abaixo e cadastre-se!

Comunidade Diabetes

terça-feira, 11 de março de 2008

A pior viagem de minha vida

Aconteceu há 9 anos e foi terrível. Adeline tinha 17 anos, é diabética desde os 8. Começou a passar mal, foi internada e entrou em coma. O médico que a atende é de Birigüi e pediu que a levássemos de ambulância para lá.
A viagem leva cerca de uma hora, mas minha filha estava em estado desesperador. Estava entubada e no balão de oxigênio. Iniciamos a viagem, ela atrás, com um enfermeiro (que no caso era meu ex-marido, padrasto dela). A cada 15 minutos ele acendia a luz e verificava o pulso dela. Então dava um sinal. Por esse sinal o motorista sabia se devia continuar a viagem (estava viva) ou retornar a Pacaembu (estava morta).
Eu ia no banco da frente, ao lado do motorista e a cada vez que aquela luz se acendia lá atrás eu rezava, meu coração quase parava, e a cada vez que a luz se apagava e a ambulância seguia em frente meu coração saltava no peito e eu agradecia a Deus. Mais 15 minutos com ela.
E assim, ganhando mais e mais quinze minutos, atravessei um calvário de quase 2 horas. Se alguém me perguntar se o Inferno existe, vou dizer: "Existe sim, já fui lá de ambulãncia e tudo!"
Nenhum filme de monstro, zumbi, seja lá o que for, por mais pavoroso que consiga ser jamais chegará perto das horas de puro pavor que vivi enquanto aquela ambulância ia pouco a pouco vencendo a distância que nos separava da medicação adequada para minha filha, que seria capaz de salvar-lhe a vida.
Creio que aos poucos fui abandonando naquela estrada longa, penosa, demorada, meus medos, minhas frustrações, minhas tristezas, minhas mágoas... à medida que o tempo ia passando e íamos avançando, a cada vez que aquela luz se acendia, eles iam se tornando todos mais e mais insignificantes frente à agonia maior que eu estava vivendo.
E assim pouco a pouco fomos vencendo a distância, sempre em frente, graças a Deus, chegamos e ela foi direto pra UTI.
Muitas coisas ruins me aconteceram depois disso, mas nada até agora comparável à extrema agonia daquela viagem que corria contra a morte de minha filha que oscilava no portal que nos separa de outros mundos. Aquela ambulância atravessando a noite, enquanto mil medos e angústia me atravessavam o coração.
E hoje quando algo muito ruim me acontece eu penso: "Se consegui sobreviver àquela viagem pavorosa, que mais eu não posso enfrentar?"

(Zailda Mendes)

Você acredita em milagre?

Eu acredito em milagre. Pra mim milagre é algo tão certo quanto a água correr pra baixo ou haver nuvens no céu.
Quando Adeline entrou em coma, aos 17 anos, passou 5 dias em estado desesperador, na UTI, sem reagir a medicação alguma. E eu passei esses dias sentada num sofá que havia em frente à entrada da UTI e todo dia podia vê-la por 15 minutos, das 15:00 às 15:15.
Enquanto ela estava lá, por várias vezes eu assisti a um ritual que fazia parar meu coração. O mundo parava de girar enquanto eu via aparelhos serem colocados para o lado de fora e depois uma maca, com alguém coberto com um lençol era empurrado pra fora e permanecia ali alguns minutos, até alguém do necrotério vir buscar.
Minha filha estava lá dentro mas mesmo assim nas várias vezes em que isso ocorreu, nunca tive coragem de dar uns passos e levantar aquele lençol pra ver se era ela. Esperava pensando que se fosse, logo viriam me avisar então eu ganharia alguns minutos sem saber dessa verdade cruel.
Bem, não aconteceu, mas ao final de 5 dias o médico me chamou e disse que como ela estava há cinco dias no limite entre a vida e a morte, recebendo medicação mas o estado dela não havia mudado em nada, no dia seguinte viria um neurologista pra fazer uma avaliação, e caso fosse constatada morte cerebral alguém da família deveria estar lá para assinar a autorização pra desligar os aparelhos.
À família ela aconselhou que rezássemos.
Ora, quando um médico te manda rezar, pode ter certeza que a coisa está mesmo muito feia.
Como eu sempre segui à risca as ordens médicas, fui pra igreja rezar.
Logo senti uma extrema dificuldade de seguir a ordem médica porque fazia tanto tempo que eu não entrava numa igreja que já não me lembrava como se reza lá. Resolvi então rezar do jeito que eu sempre faço.
Minha tia, que é mais espírita que católica enchia meus ouvidos "peça o que for melhor pra ela, peça o que for melhor pra ela..."
Imaginei que era claro que ela nunca foi mãe. Imagina que eu ia pedir isso "o que for melhor pra ela", ia pedir que ela vivesse, que acordasse, que reagisse. E assim fiz. Até negociei, disse a Deus que como meu Anjo da Guarda era dos bons e com experiência nesse negócio de doença grave (já fui "desenganada" algumas vezes, mas ainda estou por aqui), que eu o esmprestaria a minha filha enquanto ela precisasse.
É, fiz assim mesmo, fui falando e pedindo logo pra Deus, fui direto no Chefão porque estando há tanto tempo afastada da igreja já não lembrava mais da hierarquia celeste. Se as freiras me vissem naquela hora, teriam um ataque.
Por mais incrível que pareça, uma semana antes da Adeline entrar em coma eu recebi um envelope pelo correio e dentro dele só havia uma citação da Biblia e era uma citação do Evangelho: Lucas, capítulo 10 (ou 11), versículos 10,11. Na hora da reza foi do que me lembrei, porque nesse capítulo Deus dizia: "bate e a porta se abrirá; pedi e será concedido..."
Eu só tinha que pedir com fé, e foi exatamente o que fiz. Acordamos no dia seguinte com o telefone tocando.
De minha cama aquele ruído era um gemido que poderia ser uma sentença de morte. Meu tio atende. É surdo. Do quarto entendo que era mesmo do hospital. Desliga o telefone. Ouço passos em direção ao meu quarto. Segundos que parecem séculos  depois, meu tio me chama:
- Era do hospital. Adeline acordou. Está pedindo xampu pra lavar o cabelo.
Eu acredito, e você? Acredita em milagre?

(Zailda Mendes)

sábado, 8 de março de 2008

Como tudo começou

Aos 8 anos de idade Adeline começou a emagrecer. Emagrecia rápidamente, a olhos vistos e acabou por perder 5 kg em uma semana. Para ela que pesava apenas 28 kg isso era terrível, parecia que minha filha estava definhando e ia sumir.

Mais grave era o fato que apesar de estar emagrecendo, ela demonstrava um apetite e uma sede dignos de um leão. Houve um dia em que ela tomou 3 copos de vitamina de abacate no café da manhã. Tomava copos e mais copos de água e estava sempre com fome e sede.

Pior que isso, chegava da escola, empanturrava-se de comida e água e depois caía na cama, adormecendo quase que em seguida num sono profundo que para mim, que ficava contemplando-a enquanto dormia parecia o sono da morte.

Após a perda pronunciada de peso levei-a ao médico, e como mãe sempre penso no pior, porque acho que depois de torturar-me com o pior, qualquer outra coisa que venha depois será até um consolo. Pois eu estava convicta de que ela tinha leucemia, portanto fui logo pedindo ao médico que solicitasse um exame de sangue.

O exame deu negativo, ela não tinha leucemia, mas aí minha atenção se voltou para outra doença: o diabetes, cujos sintomas coincidiam com os que ela vinha apresentando.

Nem me importei de levá-la ao clínico geral, no laboratório mesmo pedi que realizassem um exame para diabetes, e antes que o resultado saísse eu liguei para um endocrinologista que tratava a filha de um amigo que era diabética e marquei consulta.

Assim que o resultado saiu - e deu positivo - pegamos o carro e a levamos em estado semi-comatoso para o médico. O médico era em Marília e até chegarmos lá ela oscilou entre a semi-consciência e a letargia.

Ela só foi ver a cara do médico na segunda consulta porque dessa primeira vez não se lembra de nada. Segundo o médico, uma hora mais e ela entraria em coma, talvez irreversível.

A partir daí e nos anos que vieram tivemos que aprender - ela e nós - como conviver com a doença de forma que ela tivesse uma vida o mais normal possível. Para mim aquilo tudo parecia um pesadelo, e eu não sabia quão doloroso poderia ser, mas estava apenas começando.

(zailda mendes)

domingo, 2 de março de 2008

Motivos

Pretendo comentar aqui a experiência de ter uma filha diabética e compartilhar com pessoas que têm ou tiveram o mesmo problema.



Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo porém, quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde como por exemplo o excesso de sono no estágio inicial, problemas de cansaço e problemas físicos-táticos em efetuar as tarefas desejadas. Quando não tratada adequadamente, podem ocorrem complicações como Ataque cardíaco, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas na visão, amputação do pé e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações. 



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus